Uma pesquisa realizada pela ESET revela que 42% das empresas não estavam preparadas para o home office no início da pandemia. Faltavam equipamentos que pudessem ser transportados do trabalho para a casa dos colaboradores.
Em muitos casos, a solução foi permitir que o profissional utilizasse seu próprio equipamento, forçando muitas empresas a adotar “BYOD”, mesmo que muitas delas não entendam o significado desta sigla.
O conceito de BYOD permite que os colaboradores utilizem seus próprios dispositivos para acessar a rede da empresa. Adotar BYOD proporciona benefícios, mas também gera riscos para o negócio.
O que é BYOD?
BYOD (Bring Your Own Device) é um conceito que permite ao profissional trazer seu dispositivo móvel para dentro da empresa. Isso quer dizer que, em vez de proibir que o colaborador utilize seu smartphone, tablet ou mesmo laptop durante o expediente, a empresa autoriza o uso desse recurso e aproveita os benefícios que ele pode oferecer.
Além de estimular o uso do equipamento, as empresas oferecem acesso às redes de dados e conexão com a internet. Assim, o colaborador pode usar o aparelho em seus momentos de distração ou até mesmo para trabalhar.
No contexto da pandemia causada pelo coronavírus, muitas empresas tem dificuldades em controlar se o colaborador está ou não usando seu aparelho no home office. Além disso, muitas foram obrigadas a autorizar o uso do computador pessoal do colaborador de forma emergencial, pois não tinham equipamentos disponíveis para os profissionais levarem para casa.
Por isso implementar o BYOD de forma planejada pode ser uma alternativa para fazer com que sua adoção seja mais segura. A empresa consegue orientar a configuração ideal para o aparelho e oferecer recursos para que o acesso à rede seja feito de forma protegida.
Quais são os benefícios e riscos de adotar BYOD nas empresas?
A pesquisa Global Mobile Consumer Survey, da Deloitte, levantou que 92% dos brasileiros têm mais acesso ao smartphone, enquanto que 70% tiveram acesso a notebook.
O smartphone foi mencionado por 60% dos entrevistados como um recurso utilizado para trabalho. As principais formas de uso são para envio e recebimento de e-mails (62%) e mensagens instantâneas entre colegas ou clientes (60%).
Embora o uso do smartphone seja maior, agora as empresas também precisam se preocupar com outros aparelhos que podem acessar a rede da empresa. É o caso de computadores, notebooks e tablets pessoais.
Um dispositivo móvel que não está sob o domínio da organização oferece muitos riscos. O primeiro deles é que a empresa não pode controlar o que o profissional instala no aparelho. Dessa forma, a prática de Shadow IT – quando o colaborador utiliza um aplicativo que não é permitido – se torna frequente.
Além disso, aumenta a vulnerabilidade da rede corporativa, uma vez que as proteções instaladas no dispositivo são desconhecidas, o que pode fazer com que a empresa sofra com um ataque ou invasão, que pode causar o roubo de dados. Os próprios funcionários, quando mal intencionados, também possuem maior facilidade de obter dados da empresa e transmiti-los para pessoas não autorizadas, o chamado vazamento de informações.
A melhor forma de evitar essas ameaças é investindo em uma política de segurança da informação que compreenda o conceito de BYOD, além de utilizar um sistema de prevenção de perda de dados eficiente para proteger os dados confidenciais do negócio.